Num mundo que caminha para uma maior preocupação ecológica, é emergente apresentar alternativas à construção corrente, através da criação de novos materiais que respeitem o meio ambiente sem comprometer a qualidade dos edifícios.
O projecto eCork pretende isso mesmo: criar um novo bloco de construção, aglomerando o principal recurso natural português – a cortiça – a polímeros reciclados. Porquê cortiça? Pelas suas propriedades de isolamento térmico e acústico, de impermeabilidade, de resistência ao fogo e a insectos, pelas qualidades ecológicas e renováveis e, acima de tudo, por ser um produto nacional. Porquê polímeros reciclados? Para garantir a resistência adequada ao bloco construtivo.
O desenho do bloco eCork baseia-se num sistema de montagem e desmontagem que permita o posterior reaproveitamento do bloco em outras construções. Isto permite reduzir significativamente os desperdícios na obra, assim como o custo de transporte destes para os aterros.
Este projecto foi integrado no LIDERA! UP, uma iniciativa da Universidade do Porto para promover projetos multidisciplinares liderados por estudantes. Liderado por Sara Brysch e José Calvet, contou com a participação de estudantes da Faculdade de Arquitectura, Medicina, Engenharia e Ciências. Contou igualmente com o apoio da Corticeira Amorim.
Para a realização das experiências, o grupo utilizou as instalações do INEGI e da FEUP, nomeadamente do Departamento de Eng. de Materiais e Metalurgia e do Departamento de Eng. Mecânica. eCork culminou no pedido de uma pré-patente no INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial.